22 de outubro de 2012

EFETIVAÇÃO DA CARGA HORÁRIA - CADÊ O PROJETO?


Antes de comentar os fundamentos da efetivação da carga horária, deixamos claro que esta é uma bandeira de luta do Sindsep desde 2008, quando foi aprovada em assembléia a sua inclusão na pauta das defesas sindicais em Itapipoca e nas bases de Tururu e Uruburetama. Portanto, a efetivação tem sido uma cobrança realizada por este sindicato.
Oficialmente apresentamos para o prefeito de Itapipoca essa reivindicação em setembro de 2008, durante a campanha eleitoral daquele ano, em um documento chamado de Plataforma da Classe Trabalhadora. Esse documento contempla diversos aspectos da administração pública e destacamos dois pontos mais específicos dos servidores municipais: Proposições para um Trabalho Decente e Proposições para o Fortalecimento do Papel do Servidor, no qual consta a efetivação da carga horária.
Em 2009, a efetivação da carga horária foi ponto de pauta da Campanha Salarial, assim como das Campanhas de 2010, 2011 e 2012. Além da apresentação formal do documento, essa reivindicação foi apresentada pessoalmente. Esse tema, assim como a pauta na íntegra foi muito debatida em programas de rádio, pelo informativo, em Seminários dos locais de trabalho e também nas participações do Sindsep na Tribuna Livre da Câmara.
Em 2012, atualizamos a Plataforma da Classe Trabalhadora e a apresentamos ao candidato a Prefeito, Dr. Dagmauro, que assumiu perante centenas de servidores municipais, dentre outros, o compromisso de realizar a efetivação da carga horária.
Para a Diretoria do Sindsep, não há dúvida de que essa defesa iniciada em 2008 (efetivação), será finalmente realizada.
O que temos de novidade? Por meio de vereadores da base aliada o prefeito anuncia um projeto de lei, na verdade a intenção, posto que até meio-dia de 19/10 não tinha sido protocolado na Câmara, pelo qual promove a efetivação da carga horária há tanto tempo reivindicada. Bom, enfim.
O que muitas pessoas observam e questionam é por que apenas agora, a poucos dias de entregar a prefeitura? Poderia ter encaminhado o projeto há 2, 3, 5 ou 7 anos? Por que agora?
Algumas respostas afirmam que isto não importa; o importante é que vai beneficiar. O que é verdade.
Para a Diretoria do Sindsep a efetivação vem tarde. Muito tarde, mas antes tarde que nunca. Todavia, precisamos realizar um comentário à luz do Trabalho Decente.
Como temos dito em todos os nossos espaços de atuação, o Trabalho Decente é uma bandeira de luta nossa, e por ele compreende-se o trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, sem qualquer forma de discriminação e capaz de garantir vida digna.
Na ampliação da carga horária, o trabalhador exerce seu trabalho de forma honesta, comprometida, mas sua relação com a gestão fica fragilizada. A prefeitura sempre utilizou as ampliações de carga horária, como as contratações, para fazer pressão e obrigar que os trabalhadores ampliados e contratados seguissem suas orientações. Por exemplo: companheiros com ampliação de carga horária relataram as chantagens sofridas caso participassem de eventos realizados pelo Sindsep – se for para a manifestação vai perder a ampliação. Nesses oito anos, a prefeitura sempre tentou utilizar as ampliações como instrumento político, instrumento de poder a seu favor, inclusive tentando direcionar o voto do trabalhador em eleições.
A situação dos trabalhadores contratados não é diferente. Do ponto de vista do trabalho realizado, esses profissionais são tão bons quanto os efetivos; mas estão fragilizados nas relações de trabalho, e sob a ameaça da demissão, se não seguem as orientações do prefeito. A exemplo, tivemos demissões em outubro porque o trabalhador não votou no candidato do prefeito.
Em outras palavras, essa situação é contrária ao Trabalho Decente, debate que temos feito nos seminários Distritais, chamando a atenção para a necessidade do concurso público, da efetivação, dentre outros pontos, para alcançar esse “Trabalho Decente”.
Então, enquanto esteve no poder, o prefeito nunca quis ter o quadro de trabalhadores efetivados – é perigoso porque o trabalhador fica autônomo, o prefeito não pode pressioná-lo. Por isso, grande número de contratações e nada de efetivação.
Como exemplo, publicamos neste blog em 9/8/12, matéria em que demonstramos o percentual de crescimento das contratações da prefeitura de Itapipoca em ano eleitoral. De 26,79% em dezembro de 2011, o índice passou para 32,81% em abril/12 e alcançou 35,8% em junho/12. Especificamente na Educação, o número passou de 947 contratações, em dezembro/2011, para 1591, em junho/2012.
No entanto, o cenário mudou com os resultados das eleições. O prefeito atual não quer deixar que o próximo tenha a mesma margem de poder sobre os servidores. A efetivação cumpre esse papel.
É um jogo político. Se o resultado da eleição para prefeito fosse outro, obviamente esse projeto jamais existiria.
Como dito, para a Diretoria do Sindsep, importa que tenhamos o Trabalho Decente: trabalho digno, no qual o trabalhador tenha sua autonomia e não se veja chantageado pelo prefeito ou vereador ou agente político, etc. Por isso, reiteramos, sempre defendemos concurso público para permitir que o contratado tivesse oportunidade de entrar no serviço municipal público, bem com a efetivação da carga horária para assegurar tranqüilidade de trabalho. Mais que ampliar o salário, a efetivação representa caminho rumo ao Trabalho Decente, por isso, é bandeira de luta do Sindsep. Destacamos, contudo, que é preciso critérios, o que é impossível sem ver o texto do projeto.

Considerações importantes.
A efetivação tem que resolver além do que se propõe um problema criado pelo prefeito atual: as aposentadorias dos professores que na condição de ampliados assim trabalharam 10 ou mais anos e cuja aposentadoria foi concedida com apenas 100 horas-mês - da jornada efetiva.
O prefeito conhece esse problema e sabe que para solucioná-lo é preciso regulamentar a efetivação desses trabalhadores. Mas, o que fez? Nada. Embora houvesse a cobrança, o prefeito não regulamentou a situação desses profissionais que trabalharam 200 horas-mês e se aposentaram por apenas 100 horas-mês. O problema vem desde 2010, e embora conhecedor, o prefeito não regulamentou a efetivação. Situação atual, o Sindsep ajuizou várias ações para que o tempo total de 200 horas-mês seja considerado para aposentadoria.
Quando dissemos que a efetivação viria, isso iria ocorrer nem que pela via judicial para resguardar direitos dos trabalhadores aposentados.
Outro campo de interpretação fica aberto e precisa ser contemplado no projeto da efetivação. Tratamento igual deve ser dispensado aos profissionais de outras áreas, como da área de saúde, que concursados para jornada de 100 horas-mês, têm pelo princípio da isonomia, direito à igual tratamento, portanto, integralizando-se também sua jornada.
Portanto, companheiros, a posição do Sindsep é a mesma de anos de luta pela efetivação da carga horária, como condição para o Trabalho Decente. Quem está chegando agora para defender essa bandeira, seja bem-vindo e vamos fortalecer essa luta. 
A efetivação da carga horária é apenas um dos pontos defendidos. As lutas do Sindsep incluem a reformulação do plano de cargos e carreira do magistério, criação do plano de cargos e carreira das demais categorias, integralização da lei do piso salarial (1/3 da jornada para planejamento), compensação das perdas salariais originadas com o regime próprio de previdência, plano de saúde para o servidor, dentre outros. Veja Plataforma da Classe Trabalhadora.

20 de outubro de 2012

ITAPIPOCA: ALUNOS SEM AULA - FALTA DE TRANSPORTE, MAS NÃO DE RECURSOS


Terminadas as eleições municipais sempre surgem denúncias de desmonte em prefeituras nas quais o prefeito ou não conseguiu a reeleição ou não elegeu o seu sucessor.
A forma de desmonte mais conhecida envolve a deterioração ou extravio de documentação e arquivos; sumiço de bens; falta de manutenção de equipamentos; abandono de obras, etc. No entanto, outras formas menos visíveis são  comuns, como a elevação de despesas; endividamentos e acrescentamos a precarização dos locais e condições de trabalho, por meio da redução nas condições de manutenção dos serviços públicos.

Você sabe bem quem são os atingidos: a população de modo geral, e os trabalhadores do serviço público.

Atuando de forma preventiva, a Fetamce e Sindicatos filiados realizaram no dia 31/08/2012 a marcha pelo Trabalho Decente, "Contra o Desmonte nos Municípios", em Fortaleza, ato que contou com a participação de milhares de servidores públicos. 

Mas, passadas as eleições qual é o cenário em nosso município?
Em Uruburetama recebemos denúncia do abandono do hospital municipal.
Em Itapipoca, na primeira semana após as eleições tivemos as primeiras demissões.
Obras que foram destacadas e exaltadas, e que vinham em execução, apesar de lenta, tiveram súbita paralisação das atividades: é o caso da praça de Assunção, da praça do Deserto, sem falar do calçamento (do Deserto) abandonado há muitos meses.
Nesta semana, recebemos informação do problema relacionado ao transporte escolar do ensino fundamental: vários ônibus parados devido à falta de insumos básicos: óleo.
Ontem, pela manhã, a Diretoria do Sindsep visitou vários locais de trabalho e constatou realmente a falta de transporte nas rotas dos locais visitados. Unidades escolares “fechadas”, vazias, sem alunos, porque não há transporte para os mesmos, bem como para os professores: Escolas das localidades de Jardim, Salgado dos Pires, Maritacaca, Lagoinha I (funcionando parcialmente), Macaquinho, Macaco I, Macaco II, dentre outras. Faltou ônibus também na rota para o Distrito do Deserto e Ipu. No final do dia, fomos informados que para a região da serra também faltou transporte escolar.  
Dias antes das eleições, a prefeitura promoveu um evento para felicitar os professores pelos resultados do município no IDEB. Tudo estava bem.
Um mês após, escolas fecham porque ônibus escolares estão sem "óleo".

Hoje, estamos há 19 dias da realização das eleições, ocorrida no dia 1º. Sem exagero, parece-nos problemas demais para um curto período, pós-eleitoral. Se semanas antes das eleições estes problemas não estavam acontecendo, por que, de repente, após as eleições, todos estouram?
O Sindsep caracteriza essas práticas como desmonte, nos termos do que advertimos e denunciamos na Marcha da qual participamos no dia 31/08/12.

Não se pode aceitar esta situação. A população, os beneficiários diretos dos serviços públicos, as autoridades têm que tomar providências: cobrar o restabelecimento dos serviços e formalizar denúncias.

A título de informação, destacamos que o transporte escolar do ensino fundamental é mantido pela Prefeitura e para tal há recursos.
Que recursos são estes?
·        Recursos do Fundeb, da parcela dos 40%.  A prefeitura vem recebendo regularmente esses recursos.
·        Recursos do PNATE: Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar.

Este Programa do FNDE consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear despesas com reforma, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de assentos, combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública residentes em área rural. Serve, também, para o pagamento de serviços contratados junto a terceiros para o transporte escolar.

De janeiro a 28 de setembro de 2012, a prefeitura de Itapipoca recebeu R$ 1.022.518,70 do PNATE.

·        Recursos do Salário-Educação
As despesas custeadas com recursos do salário-educação devem estar enquadradas como programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública e que também pode ser aplicada na educação especial, desde que vinculada à educação básica. Portanto, estes recursos também podem ser empregados na manutenção do transporte escolar.

De janeiro a 18 de setembro de 2012, a prefeitura de Itapipoca recebeu R$ 1.660.720,94 de repasse do salário-educação.

·        Há ainda outras fontes de recursos, como a parcela de recursos que não entram na cesta do Fundeb. (O Fundeb é formado por 20% de alguns impostos; como devem ser aplicados em Educação 25% de todos os impostos, no mínimo, sobram 5% que não entram não entram na cesta do Fundeb).

Recursos existem. Por que os ônibus estão parados e os alunos sem aula?
Consulte os repasses do PNTE, Salário-Ecucação, PDDE, Alimentação Escolar, dentre outros, acesse: www.fnde.gov.br. 
Em seguida clique em Liberação de recursos de programas do FNDE (meio da página). Após, selecione o estado e o município.   

A Diretoria do Sindsep está preparando documento e encaminhará representação para o Comitê Anti-Demonste e Autoridades incumbidas da fiscalização. Você também pode participar: entre em contato com o Sindsep e informe situação que caracterizam desmonte.

14 de outubro de 2012

PARABÉNS, PROFESSOR! PARABÉNS, PROFESSORA!


Um dia alguém disse que a providência divina criou a natureza e a fez bem. Para continuar a obra criadora, formaram-se os/as professores/as que com seu trabalho iluminam a mente de crianças, jovens e adultos, retiram milhões da escuridão e do abismo da ignorância, abrindo-lhes caminhos, apresentando-lhes possibilidades, atuando de forma decisiva na formação de homens e mulheres, que transformam diariamente o nosso mundo.
Em seu mister, o/a professor/a não tem a ilusão do poder que tudo pode. Antes, até sofre perante os enormes desafios de promover a educação de pessoas em meio a tantas adversidades: indiferença dos governantes; inadequadas condições de trabalho; falta de um plano de carreira que promova valorização salarial e profissional;sonegação de direitos básicos, como a lei do piso salarial; assédio moral no local de trabalho; precarização das relações contratuais; dificuldades próprias do ambiente de trabalho....
Apesar disso, o profissionalismo e o compromisso de professores/as estão sempre presentes na sua atuação, como demonstram os resultados do IDEB.
Parabéns, professores/as.
Tem-se consciência das dificuldades, e mais ainda da capacidade de cada um/a, que no seu labor diário compreende bem seu papel social e mais, o seu papel individual como ator social envolvido/a nas lutas, condição para ratificar conquistas importantes como a lei do piso, criar um plano de carreira significativo e motivador, democratizar a gestão da educação, implantar um programa de saúde do trabalhador...
Dessa forma o mister do/a professor/a, de cuidar da formação de pessoas, torna-se um cuidar de si enquanto profissional, e mais, uma atuação para transformar a sociedade, como ensina Paulo Freire:
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
Parabéns professores/as! Dizemos muito obrigado pelo seu compromisso, pela sua dedicação na formação de pessoas para um mundo melhor!

10 de outubro de 2012

PROPOSTAS DO SINDSEP PARA UM MUNICÍPIO DECENTE


Semelhante ao que se fez nas eleições de 2008, a Diretoria do Sindsep apresentou nessas eleições de 2012 suas propostas para um município decente. O conjunto de propostas, denominado de Plataforma da Classe Trabalhadora, toma por base as orientações gerais da CUT e as peculiaridades de nosso município.
Enquanto Sindicato dos/as Servidores/as entendemos que nossa missão, definida em nosso plano estratégico, contempla também o envolvimento nas lutas e enfrentamentos gerais para a construção de uma cidade melhor, de uma município com mais oportunidades para todos/as. Por isso, apresentamos essas propostas, as quais alcançam diversas campos: saúde, educação, social, etc. Apresentamos a seguir, alguns tópicos do documento geral, especificamente voltados para a realidade dos/as servidores/as municipais. 
documento completo está estruturado em quatro partes (eixo), os quais são desdobrados em tópicos mais específicos, os campos. Finalmente para cada campo é apresentado o seu detalhamento. Confira.

Conteúdo da Proposta

Eixo I. Igualdade, distribuição de renda e inclusão social
Eixo II: Trabalho digno
Eixo III. Estado indutor do desenvolvimento
Eixo IV. Democracia e participação popular


Eixo  I. Igualdade, distribuição de renda e inclusão social
Campo I - Ampliar investimento em infra-estrutura e serviços sociais.
Áreas
1. Saneamento
2. Energia
3. Habitação popular
4. Educação
5. Juventude
6. Saúde pública

Campo II – Reduzir a desigualdade regional / interdistrital
Campo III – Fortalecer a agricultura familiar
Campo IV – Incentivar a economia solidária

Eixos II. Trabalho digno
Campo I – Gerar emprego
Campo II – Trabalho decente
Campo III – Saúde e segurança no trabalho
Campo IV – Relações de trabalho
Campo V – Equidade

Eixo III – Estado indutor do desenvolvimento
Campo I – Promover o desenvolvimento sustentável
Campo II – Fortalecer o papel do servidor público
Campo III – Equidade e bem-estar

Eixo IV – Democracia e participação popular
Campo I – Criar espaços de participação social e política
Campo II – Transparência administrativa
Campo III – Relações com os sindicatos


Alguns tópicos da Plataforma mais relacionados aos/às servidores/as municipais

Educação
Universalizar a qualidade da educação pública.

1. Garantir o piso do magistério e jornada de 1/3 para planejamento para os professores, assegurando também a implementação da lei 12.014.
2. Garantir merenda escolar de qualidade articulada com organizações locais de agricultura familiar e da pesca artesanal no fornecimento de produtos;
3. Incorporar a educação do campo nos Planos Municipais de Educação, assegurando a participação dos movimentos sociais no planejamento e acompanhamento da sua execução;
4. Garantir transporte escolar seguro público e gratuito a todas as crianças e subsidiar o transporte dos servidores que precisam de deslocamento ao local de trabalho.

Saúde pública
Elevar a qualidade dos serviços de saúde pública e fortalecer as ações de prevenção e promoção da saúde.
1. Assegurar o cumprimento da Emenda Constitucional 29,tanto os montantes mínimos a serem aplicados pela esfera municipal, como em relação ao uso das verbas, que devem ser
exclusivamente utilizadas em ações típicas de saúde;
2. Aprimorar o sistema de controle social do SUS, garantindo a legitimidade e o poder deliberativo dos Conselhos Municipais de Saúde;
3. Ampliar implantação de Conselhos Gestores para todas as unidades públicas de saúde;
4. Garantir a implantação da gestão plena do SUS em todos os municípios;

Trabalho decente
1. Exigir que os empregos gerados a partir do acesso aos recursos públicos e benefícios tributários sejam formais.
2. Prevenir, combater e erradicar do município o trabalho infantil em todas as formas.
a. Mapear a situação do município, identificando crianças e adolescentes explorados;
b. Investir na criação de uma rede de Educação Integral Inclusiva, implementando, no turno complementar ao das aulas formais, atividades educacionais, esportivas e culturais;
c. Estimular programas de geração de renda de caráter familiar em localidades onde existam crianças e adolescentes em atividades consideradas proibidas, retirando-as do trabalho e colocando-as na escola.

Saúde e segurança no trabalho
Promover a melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho em todos os segmentos do mercado de trabalho.
1. Estabelecer estratégias que assegurem o desenvolvimento da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador no âmbito da administração pública direta na esfera municipal;
2. Em conformidade com o princípio da universalidade das ações em saúde, garantir a inclusão dos trabalhadores de todos os segmentos do mercado de trabalho nas ações de promoção e proteção da saúde;
3. Garantir a investigação de todos os acidentes fatais e graves ocorridos nos municípios, considerando, dentre outras coisas, as variáveis de idade, raça e gênero e medidas de punição às empresas agressoras;
4. Adotar a relação saúde-trabalho como premissa diagnóstica em toda a rede de atenção saúde, em todos os níveis de complexidade e em todas as especialidades;
5. Desenvolver programa de estudos e debates sobre desenvolvimento tecnológico e organização dos sistemas produtivos, com vistas ao à estratégias de ampliação e preservação do trabalho, emprego, saúde e meio ambiente;
6. Favorecer as condições para o SUS fiscalize os locais de trabalho.

Relações de trabalho
Combater a precarização do trabalho resultante da terceirização no âmbito municipal, garantindo aos trabalhadores terceirizados o mesmo patamar de garantias sociais, trabalhistas e previdenciárias do conjunto dos trabalhadores e incentivem a prática efetiva da negociação.
Realização de concurso público.
Implantação de uma política de valorização do trabalhador com base nos princípios do trabalho decente.

Fortalecer o papel do servidor público
Fortalecer o papel do servidor público no processo de crescimento econômico e desenvolvimento social.
1. Implementar Política de Valorização salarial dos servidores públicos.
2. Implantar a política de Planos de Cargos, Carreira e Salários para os trabalhadores do setor público com possibilidades de ascensão funcional, pela reformulação do atual plano dos profissionais do magistério e criação do plano das demais categorias.
3. Garantir acesso e ingresso na Administração Pública apenas por concurso público.
4. Garantir reposição de pessoal nas vagas existentes dando posse aos aprovados em concursos públicos vigentes, bem como abrir novos concursos para os cargos em que não existam concursos vigentes.
5. Combater o nepotismo.
6. Implantar a mesa de Negociação coletiva.
7. Melhoria nas condições de trabalho.
8. Saúde do trabalhador.
9. Centro de referência do servidor municipal.
10. Formação em serviço.
11. Redução da jornada de trabalho para o trabalhador mais idoso ou em situação especial.
12. Regularização da situação funcional dos/as professores/as ampliados/as.
13. Programa de habitação popular para o servidor.
14. Creche para as mães servidoras.
15. Programa de acesso à internet em banda larga com equipamento e provedor gratuitos.
16. Reposição salarial dos trabalhadores vinculados ao salário mínimo, em função das perdas previdenciárias com o regime próprio de previdência.
17. Criação da ouvidoria do servidor.

Para ver o documento completo, clique aqui.

8 de outubro de 2012

CANDIDATOS/AS ELEITOS/AS EM ITAPIPOCA, TURURU E URUBURETAMA


A Diretoria do Sindsep saúda a todos/as os/as eleitos/as no dia 7 de outubro, prefeitos/as e vereadores/as, dos municípios de atuação do Sindsep. Destacamos a importância da participação popular, da torcida e do envolvimento direto de cidadãos e cidadãs nesse pleito. Acreditamos que isso fortalece a nossa democracia ainda em construção. Todavia, enquanto Sindicato continuaremos em relação a todos/as os/as eleitos/as com nosso firme compromisso da defesa dos direitos dos/as servidores/as, da ampliação de direitos, do diálogo social, da efetiva democracia.

Queremos destacar e saudar especialmente, ao Dr. Dagmauro pela forma simples, humilde e, sobretudo ética, com que conduziu sua campanha, tornando-a oportunidades para debater propostas, propor soluções, ouvir as pessoas. E saudar igualmente ao vereador eleito Pequeno do PT, pela bela votação, expressão da firmeza e coerência das idéias e propósitos debatidos em campanha, os quais foram coletivamente gestados.   

Veja um resumo do resultado das eleições 2012 em nossas bases de atuação.

Município de Uruburetama
  
Prefeito eleito:  Vasconcelos Neto – PSD (candidato da oposição)
Candidato
Partido
Votos
Percentual
Vasconcelos Neto
PSD
7.467
53,11%
Dr. Artur
PSB
6.593
46,89%
Brancos: 201 (1,35%)        Nulos: 633 (4,25%)    
Votos válidos: 14.060 (94,40%)

  
Vereadores/as eleitos/as
Candidato
Partido
Votos
Dr. Alexandre Nery
PPS
932
Eduardo David
PMDB
759
Tete
PPS
728
Barroso Capelão
PT
721
Telma do Dr. Walter
PRB
686
Jean
PP
663
Laeste do Sindicato
PDT
663
Bahia
PDT
648
Itim
DEM
627
Simony Nunes
PSB
603
Helio da Vó
PDT
471



Município de Tururu

Prefeita eleita:  Fátima Galdino – PRB (candidata da oposição)
Candidato
Partido
Votos
Percentual
Fátima Galdino
PRB
5.365
100%
Nonato Marim
PSDB
0
0%
Brancos: 230 (1,96%)        Nulos: 6132 (52,29%)    
Votos válidos: 5.365 (45,75%)
Nota:O Tribunal Regional Eleitoral divulgou nesta segunda-feira a votação de candidados com candidaturas indeferidas e com recursos para serem apreciados pelo TSE. O candidato Nonato Marim obeteve 5.648 votos, 51,28% dos votos válidos. De acordo com matéria do Jornal O Povo, caso o candidato tenha tido mais da metade dos votos e seja definitivamente indeferido, será necessária a realização de nova eleição. Por enquanto vamos aguardar até a decisão do TSE.

Vereadores/as eleitos/as
Candidato
Partido
Votos
Francimar
PRB
697
Dr. Loison
PMDB
598
Marcos da Cemoaba
PP
520
Nenem Barroso
PPS
514
Minha Joia
PPL
469
Zé Moreira
PR
434
Pedro Filho
PMN
434
Batista Gaspar
PMN
411
Neto do Povo
PSDB
372



Município de Itapipoca

Prefeito eleito:  Dr. Dagmauro – PT (candidato da oposição)
Candidato
Partido
Votos
Percentual
Dr. Dagmauro
PT
41.217
64,03%
Roberto Leite
PMDB
23.152
35,97%
Brancos: 942 (1,37%)        Nulos: 3.465 (5,04%)    
Votos válidos: 64.369 (93,59%)

Em Itapipoca, pesquisa realizada pelo Instituto Zaytec entre os dias 20 e 22 de setembro apontou vitória do Dr. Dagmauro do PT, com 58,3%, contra 38% de Roberto Leite do PMDB. A pesquisa tinha margem de erro de 4,9 pontos percentuais, portanto, a votação de Dr. Dagmauro poderia ficar entre 53,4% e 63,2%. Alcançou 64,03%, diferença de apenas um ponto percentual. Já Roberto Leite ficaria entre 33,1% e 42,9%. Alcançou 35,97%, portanto dentre da margem mostrada na pesquisa. 

Vereadores/as eleitos/as

Candidato/a
Comentário
Partido
Votos
Gustavo Barroso
Reeleito
PV
2.679
Pequeno do PT
Novo; primeiro mandato
PT
2.500
Flailton
Reeleito
PDT
2.393
Euritonio
Retorna; já teve mandato anterior
PMDB
2.063
Paulinha Braga
Nova; primeiro mandato
PSD
1.963
Dr. Valter
Retorna; já teve mandato anterior
PV
1.880
Larissa
Nova; primeiro mandato
PSDB
1.721
Erandir Soares
Novo; primeiro mandato
PPS
1.653
Nildo do Pt
Reeleito
PT
1.628
Fabio Pires
Reeleito
PSC
1.606
Prof Zé Marques
Novo; primeiro mandato
PRP
1.500
Rubens
Reeleito
PSDB
1.415
Josilé
Reeleito
PRP
1.337
Neide da Betânia
Retorna; já teve mandato anterior
PSC
1.261
Rita Montenegro
Reeleita
PSB
1.065
Pelado
Novo; primeiro mandato
PHS
665

Nota: Artigo elaborado com bases nos dados quantitativos disponíveis em
http://placar.eleicoes.uol.com.br/2012/1turno/ce/itapipoca, endereço no qual podem ser consultadas as votações de todos/as os/as candidatos/as.