11 de maio de 2012

DE OLHO NOS LOCAIS DE TRABALHO


O DESAFIO DE SE TER TRABALHO DECENTE

Os graves e intermináveis problemas de saúde do serviço público no Brasil parecem maiores em Itapipoca. De fato, temos uma grande demanda por serviço de saúde que não é atendida pela estrutura do município, em função de uma combinação de vários elementos:
·        falta de médicos;
·        falta de medicamentos;
·        PSF’s sem funcionamento, e por aí vai.

Para o Sindsep, além do problema no atendimento, há uma questão importante a ser considerada: a condição de trabalho dos profissionais da área de Saúde.
Quanto a isto, em março de 2010, encaminhamos uma denúncia para a Promotoria Estadual da Saúde, em Fortaleza, na qual destacamos quatro categorias de problemas: 
  • Falta de profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, ...
  • Falta de materiais básicos para procedimentos
  • Falta de material de limpeza, e
  • Precarização das condições de trabalho dos Servidores


As peças da denúncia foram remetidas de Fortaleza para a 2ª Promotoria de Justiça de Itapipoca. Em seguida, a 2ª Promotoria questionou à Diretoria do Sindsep se queríamos manter as denúncias, em cuja resposta dissemos que sim e mais, queríamos uma apuração. 
Nada ainda foi apurado.

Nesta semana, estivemos mais uma vez em local de trabalho da área de saúde e constatamos, in loco, a existência de problemas denunciados em 2010 e situação de muitas dificuldades.
·        Inexistência atém mesmo de sabão para os profissionais lavarem as mãos após atendimentos. Isto mesmo, no antigo PSF 24 horas até sabão falta;
·        Falta de água para beber;
·        Geladeira vazia;
·        Falta de medicamentos básicos (prateleiras vazias);
·        Falta de material para higienização.



Se a parte de recursos é precária, as condições de trabalho dos profissionais dessa unidade de saúde também o são. Basta imaginar o risco decorrente do exercício laboral em um local que falta até o simples sabão. O que ocorre nesta unidade se reproduz em escala pelo município, não sendo fato isolado. 
Acrescente a isto, a situação de instabilidade criada para os servidores. Citamos o caso da Auxiliar de Enfermagem Adriana, que trabalhava no antigo PSF 24horas, mas foi transferida para o PSF da Ladeira, e, agora resolveram transferi-la novamente para o CEANI, sem nenhuma razão plausível.
Se a situação é difícil para o cidadão/cidadã que precisa do atendimento médico (e obviamente, o prefeito, seus secretários, não pegam filas para uma consulta na rede municipal), também é para os profissionais da área de saúde que se sentem premidos pela falta de condições para realizar um trabalho melhor.

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